Novo Relatório Fairwork revela condições globais de trabalho por plataformas digitais em 2023

O Projeto Fairwork, iniciativa que avalia e classifica as condições de trabalho por plataformas digitais, lançou seu terceiro relatório anual consecutivo. O estudo oferece uma 

análise abrangente das condições enfrentadas pelos trabalhadores que utilizam plataformas digitais em todo o mundo.

O estudo baseia sua avaliação das plataformas em cinco princípios fundamentais destinados a assegurar padrões mínimos de equidade nas condições de trabalho: remuneração justa, condições justas, contratos justos, gestão justa e representação justa.

De acordo com os resultados do Relatório Fairwork 2023, as plataformas em todo o mundo receberam uma pontuação média de 1,2 em um total de 10 pontos possíveis. Uma análise mais detalhada das pontuações deste ano mostra que as plataformas estiveram particularmente propensas a pontuar nos quesitos “contratos justos” e “gestão justa”, refletindo um impulso crescente para melhorar as condições contratuais e de gerenciamento após o envolvimento com o Fairwork.

O estudo revela, também, um aumento significativo na intenção de as plataformas tomarem medidas para respeitar os cinco princípios básicos do trabalho justo: foram 131 alterações no último ano em comparação com 168 realizadas entre  2019 e 2022.

O relatório destaca a necessidade contínua de aprimorar a “representação justa dos trabalhadores”, com evidências sugerindo que muitas plataformas ainda não estão dispostas a reconhecer as vozes coletivas dos trabalhadores.

O levantamento traz, ainda, detalhes completos das classificações por país, além de ilustrar a extensão em que os princípios do Fairwork foram alcançados pelas 270 plataformas avaliadas em 2023.

Coordenado pelo Instituto de Internet de Oxford e pelo Centro de Ciências Sociais de Berlim (WZB), em 2023, o projeto expandiu sua rede de pesquisa para incluir 39 países de cinco diferentes continentes. No Brasil, o Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho é um dos representantes do projeto, coordenado por Rafael Grohmann, Claudia Nociolini Rebechi, Julice Salvagni, Rodrigo Carelli e Roseli Figaro.

Para acessar o relatório completo, em inglês, clique aqui

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