Com uma média de 100 participantes por aula, o curso de atualização de curta duração Comunicação como trabalho, trabalho na comunicação: lógicas produtivas e extração de valor na era digital mostrou os reflexos das mudanças na base sociotécnica geradas pelos dispositivos comunicacionais, como os smartphones, e a situação da plataformização da sociedade a partir da esfera do mundo do trabalho.
Ao longo de três semanas, os pesquisadores do Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho (CPCT) da ECA-USP, responsável pela iniciativa, apresentaram diversas questões relacionadas a essa temática, como os instrumentos teóricos e metodológicos para o desenvolvimento de estudos em diversas áreas, com base na imbricação entre comunicação e trabalho.
O curso, com carga horária de 30 horas/aula, ocorreu em seis encontros – às 6ª feiras (18h às 22h) e aos sábados (9h às 13h) –, que foram divididos em três módulos: “Para entender o binômio comunicação e trabalho”; “O mundo do trabalho dos jornalistas e a produção de novos arranjos alternativos” e “O trabalho em contextos de plataformização e de precarização”. Os alunos que assistiram ao conjunto das aulas receberão nos próximos dias os certificados de participação.
A apresentação de cada um dos encontros está disponível no sistema Classroom para consulta. As gravações das aulas estarão disponíveis em breve, aqui mesmo no nosso site.
“Gostaria de agradecer a presença de todas as pessoas que se dispuseram a participar do nosso curso. A qualidade das discussões propostas pelos participantes só reforça o quanto é atual e necessário analisarmos e debatermos como o mundo do trabalho, permeado pela comunicação, traz sérios questionamentos ao nosso cotidiano, não somente enquanto pesquisadores, mas como integrantes de uma sociedade que se espera organizada e disposta a enfrentar os dilemas e dificuldades gerados pelas tecnologias e a nossa própria situação política e econômica”, afirma a coordenadora do CPCT, Roseli Figaro, que é professora livre-docente da ECA-USP.