A 4ª temporada de lives da Cátedra em Comunicação e Informação Intercom – José Marques de Melo, que tem como tema “Ciências da Comunicação contra a desinformação”, contou com a participação de pesquisadores do CPCT.

O debate Comunicação e trabalho: no contexto de plataformização e da desinformação foi promovido pelo grupo no último dia 21 de abril.

Recentemente, o CPCT obteve parecer favorável para a inclusão do GP Comunicação e Trabalho no 45º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, que será organizado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Participaram da live a coordenadora do CPCT, Roseli Fígaro, e os professores Rafael Grohmann (Unisinos) e Thales Lelo (ECA-USP). A mediação ficou a cargo de Cláudia Nonato (ECA-USP).

“Comunicação e trabalho são dois conceitos fundantes do ser social, que dão forma às instituições e a todas as maneiras de organizarmos a sociedade. Servem para pensar as mudanças no meio de produção que vivemos com o avanço da digitalização, das empresas digitais que reorganizam as formas de trabalho e de sociabilidade“, apontou Roseli Fígaro.

Por isso mesmo, Rafael Grohmann reforçou a necessidade de se entender as plataformas como meio de produção e de comunicação.  “É um locus privilegiado pela óptica da comunicação“, disse. Ele citou como exemplo reportagem recente da Agência Pública sobre a estratégia de marketing adotada pelo iFood para desmobilizar a mobilização de entregadores.

Lembrou ainda os resultados do relatório brasileiro do projeto Fairwork, que analisou as seis principais plataformas que atuam no país. O pesquisador destacou a necessidade de deixar cada vez mais evidente o que essas companhias não cumprem em termos  de trabalho decente. “Há uma indústria da desinformação e muito trabalho sendo feito para o espalhamento de desinformação“, ponderou.

Thales Lelo comentou sobre os programas do Google e Meta que dão suporte às iniciativas de fact checking, que são realizadas por outras empresas como, por exemplo, o Projeto Comprova: “Há uma desresponsabilização das plataformas por este tipo de trabalho, o que faz com que empresas de fact checking se tornem moderadoras especializadas das empresas de plataformas.”

Confira a íntegra da live Comunicação e trabalho: no contexto de plataformização e da desinformação aqui.