Série da Abraji com Farol Jornalismo tem participação de pesquisadoras do CPCT

Acaba de ser publicado o artigo A virtualização da redação veio para ficar, mas pode comprometer relevância social do jornalismo, de autoria de Ana Flávia Marques e Janaina Visibeli.

O texto faz parte da série O Jornalismo no Brasil em 2022, iniciativa conjunta da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e o Farol Jornalismo.

As pesquisadoras fazem uma análise sobre o perfil das redações jornalísticas, relacionando a situação com dados do segundo estudo coletivo do CPCT a respeito da Covid-19 e o mundo do trabalho dos comunicadores.

Seja com o aperfeiçoamento da estrutura física, com a adoção do modelo híbrido ou do chamado ‘cloud based’, a tendência é que a redação seja cada vez mais enxuta, com jornalistas cumprindo funções relacionadas à ciência de dados e ao marketing“, afirmam.

As autoras apontam que isso resulta em mudanças sobre a questão do espaço-tempo, além de interferir nas atribuições e no próprio fluxo de trabalho dos jornalistas.

Essas situações trouxeram desafios novos para os jornalistas e à cultura organizacional. Novas funções são criadas, outras tornam-se inativas. Ao mesmo tempo que é possível ter uma contratação mais diversa, as empresas estão mais enxutas, o que exige ainda mais o perfil multitarefa do profissional“, apontam.

Na avaliação de Ana Flávia Marques e de Janaina Visibeli, ainda é cedo para se fechar um prognóstico desse cenário. Mas elas são enfáticas ao descrever o que está em jogo nesse momento: “Não há uma fórmula mágica que determinará como será a redação no futuro próximo. O momento é de disputa do rumo e função da redação. As organizações precisam se atentar que a dissolução total deste espaço pode até reduzir os custos, mas servirá também àqueles que defendem que o jornalismo não cumpra mais papel relevante nos tempos atuais.

Confira a íntegra do artigo aqui. E para ter acesso ao site específico com os resultados da pesquisa do CPCT sobre os impactos da Covid-19 junto aos comunicadores, clique aqui.

 

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