Acaba de ficar pronto o relatório do estudo promovido pelos pesquisadores do CPCT sobre os impactos do segundo ano da Covid-19 no trabalho desenvolvido pelos profissionais de comunicação.
Como trabalham os comunicadores no contexto de um ano da pandemia de Covid-19… 1 ano e 500 mil mortes depois pode ser acessado aqui.
A pesquisa, realizada entre 5 e 30 de abril último (mesmo período da primeira pesquisa em 2020), contou com a parceria de 26 entidades e instituições profissionais – o Grupo de Pesquisa e Estudos das Poéticas do Cotidiano (EPCO), vinculado à Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), além do Portal IMPRENSA, que constam no material, também colaboraram, a exemplo dos demais apoiadores, na divulgação do questionário.
Com coordenação de Roseli Figaro, a investigação obteve um total de 1.018 respondentes. Após verificação dos dados coletados, houve a validação de 994 participantes. Há presença de trabalhadores de todos os Estados, incluindo o Distrito Federal, além de uma pessoa na Holanda e outra no México.
“As respostas compõem um conjunto de informações sobre as rotinas de trabalho, as condições em que são realizadas, as dificuldades, os desafios e os temores dos profissionais que atuam na área de comunicação. Estamos falando de profissionais que trabalham no jornalismo, na comunicação das organizações de diferentes perfis, instituições públicas e privadas, internamente ou via agências de comunicação e de publicidade, prestando serviços também a personalidades, autoridades e empresas de mídia“, conta Roseli Figaro.
Segundo ela, esses profissionais são requisitados e fundamentais nas atividades que desempenham nas mais diversas esferas de atuação. “Neste período de pandemia, o distanciamento social foi adotado como ação profilática principal para evitar ainda mais danos. O mundo do trabalho foi transportado para um universo paralelo de controvérsias sobre o que e como fazer para se manter a atividade laboral“, afirma.
Exemplo disso são os dilemas envolvendo o modelo home-office, com a adoção do sistema misto de trabalho (presencial e remoto), que aparecem no relatório.
“Como realizadores de trabalho essencial para a sociedade, os trabalhadores da comunicação têm enfrentado todo tipo de dificuldades para manterem-se em atividade. Os resultados da pesquisa indicam a necessidade de repensarmos as formas de organização do trabalho, a urgência de condições dignas e sustentáveis para o exercício profissional e os necessários cuidados com a saúde física e mental desses profissionais“, pondera Roseli Figaro.