Trata-se de pesquisa realizada em São Paulo, pelo CPCT, entre 2016 e 2018, cujo objetivo foi compreender as novas formas de organização do trabalho de jornalistas em arranjos alternativos/independentes aos grandes conglomerados de mídia. Adotou-se o conceito de pesquisa exploratória e a triangulação de métodos (snowball, entrevista e grupos de discussão). A análise e a interpretação se deram com a caracterização dos perfis dos novos arranjos e a avaliação do discurso dos entrevistados. Como resultado, verificou-se a fragilidade da maioria deles em se estabelecer com autonomia financeira. No entanto, há um forte apego ao trabalho jornalístico e à clássica missão do fazer jornalístico, vinculado à informação para o bem-comum. Há nesses arranjos compromisso com o trabalho, o que impulsiona iniciativas organizacionais e produtivas criadoras de um ambiente com potencial resistência às dificuldades econômicas, à violência, à vigilância de organismos e às forças do stablishment.